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Violência em casa e os efeitos na infância

  • Foto do escritor: Laura Schaefer
    Laura Schaefer
  • 27 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

Estar em um relacionamento muitas vezes é desafiador. Já ouvi a metáfora que casamento seria como o jogo das pernas amarradas, que consiste em uma corrida em que os competidores, em duplas, tem uma das pernas amarrada a uma perna da outra, e juntas precisam encontrar o ritmo certo para chegar a linha de chegada. Se você já jogou esse jogo sabe quão difícil é acertar esse ritmo. Requer diálogo, cooperação, paciência e acima de tudo trabalho em equipe.

E quando no dia a dia essa parceria parece difícil demais e simplesmente as coisas saem do controle? O vínculo afetivo que fazia todo o resto ficar para segundo plano não está ali e tudo que o casal tenta fazer é aniquilar psicologicamente o outro? E se nesta situação caótica, ainda existir um filho ou filhos que convivem na casa?

Venho através desse texto falar um pouco sobre isso. Quando convivemos em família, cada uma tem um tipo de linguagem, um tipo de comunicação própria. E celebremos as diferenças! É encantador pensar que cada um possui uma história única vindo de uma família única também.

Porém quando a comunicação da família se torna violência, entramos em um campo delicado. O casal que constrói um dia a dia em que sem perceber não consegue se comunicar sem ser de forma agressiva, seja com gritos, ou denegrindo o outro constantemente, sofre e faz o outro sofrer. Mas meu apelo é para as crianças que ainda estão aprendendo a se comunicar e que são expostas a esse tipo de situação. São vítimas, direta ou indiretamente. Muitos pais não percebem o dano que fazem e que seu filho pode carregar sequelas para o resto da vida. Um ambiente que provoca medo constante, não é um ambiente saudável.

A maioria dos casais que tive contato apenas acha que é assim que as coisas funcionam e que não existe a possibilidade de uma realidade diferente. O que não é verdade. Existem muitas ações que podemos tomar e a primeira delas é reconhecer que os danos são reais e que podemos tomar ações para mudar.

Para os pais que estão lutando contra esse cenário, peço para que priorizem os cuidados com o casamento. Busquem ajuda, não fique refém dessa situação nem deixe seu filho ficar. Busque uma terapia, invistam em dialogar mais. Enquanto isso, cuide para quando as brigas forem inevitáveis, que ocorram em um lugar onde seus filhos não estejam presentes. Estes cuidados podem fazer toda a diferença na vida da saúde emocional do seu filho. Evita sofrimentos e repetições tóxicas no futuro.

E se seu filho já está apresentando comportamentos que você julgue consequência deste cenário, procure terapia para ele também!

Cuide da saúde mental da sua família. Cuide da saúde mental do seu filho.


Estamos sempre a disposição!



 
 
 

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©2022 por Laura Schaefer Psicóloga. Orgulhosamente criado com Wix.com

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